Eu mesmo fiquei por longo tempo me fazendo perguntas. Comecei adolescência quando aprendi a torcer por um clube de futebol. Deus, quanto tempo perdido, que inutilidade, quantos esforços juvenis jogados na lata de lixo da vida... Quanta saúde perdida gritando por ordinários ou não, esquecendo que devia gritar por mim, lutar por mim, ou nem isso, silenciar por mim. Mas não quero falar de mim, quero falar de nós, você, leitora, você, leitor, nós, nós todos que vivemos jogados nas ondas do mar da vida, agarrados muitas vezes aos nadas, que não nos salvam, que nos afundam.
É o seguinte. Acabei de ler esta notícia: "As oscilações na Bolsa de Valores têm reflexos não apenas nos balanços das empresas e na carteira de acionistas, mas também nos consultórios médicos. Estudos de cardiologistas do Hospital... Rio de Janeiro, mostram que a queda das ações coincide com aumentos da mortalidade por enfarte". Leste bem, leitora, prestaste atenção, leitor? Pessoas morrem de "aflições" por perder dinheiro ou pela possibilidade de perdê-lo. É aqui que entra a ciência de que falei e sobre a qual temos que colocar os nossos joelhos em crédito.
Temos que acreditar na ciência, na Psicologia, nesse amálgama de corpo e alma que nos forma. Emoções matam, esforços insanos pela mulher, pelo marido, pela família, não são gentilezas do coração, são estultícias que encurtam a vida. Perder o sono, seja pelo que for, nos faz perder a saúde. Emoções matam, correrias elevam o batimento cardíaco e dia após dia nessa corrida pelo nada, leva qualquer um mais cedo para o mundo do nada eterno... Temos que aprender a respeitar nossas verdades humanas e da ciência da Psicologia, temos que aprender a dar de ombros, deu, deu, não deu, não deu...
Autor:
Luiz Carlos Prates
Diario Catarinense - 12/10/2008http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2238782.xml&template=3916.dwt&edition=10890§ion=136
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